Pirâmide de Maslow (Hierarquia das Motivações Humanas)
A Percepção está estreitamente ligada à Motivação - na verdade, cada sujeito organiza muito do seu paradigma perceptivo em torno das suas próprias necessidades, interesses e modelação socio-cultural.
Não existe uma classificação para as motivações, mas várias. As motivações podem classificar-se em dois grandes grupos:
1. Motivações fisiológicas: (primárias, básicas, biológicas, orgânicas): as que estão ligadas à sobrevivência do organismo e não resultam de uma aprendizagem. Elas provocam no organismo certos impulsos para o restabelecimento do seu equilíbrio. Estas motivações encontram-se estreitamente ligadas com determinado estado interno do organismo. Exemplos: respiração, fome, sede, sexo, evitar o frio e o calor, sono, etc. A homeostasia designa o mecanismo que regulação o equilíbrio interno do organismo.
2. Motivações sociais: (secundárias, culturais): as que dependem essencialmente de aprendizagens, isto é, foram adquiridas no processo de socialização. Exemplos: Necessidade de convivência (afiliação), de reconhecimento, de êxito social, de segurança, etc. Este grupo pode ser subdividido, por exemplo, entre motivações sociais centradas no indivíduo e ou centradas na sociedade.
a) Centradas no indivíduo (auto-afirmação): desejo de segurança, de ser aceite, de pertencer a um grupo, de alcançar um estatuto social elevado, de enriquecer, etc.
b) Centradas na sociedade (independentes dos nossos interesses particulares): respeito pelo próximo, de solidariedade, de amizade, de amor, etc.
Há quem questione esta divisão das motivações, afirmando que todas elas têm um fundo comum: a busca do prazer, o único e verdadeiro motivo de todas as acções humanas.
Frustração :
Quando o indivíduo está motivado para atingir uma dado objectivo, e por um obstáculo qualquer não o consegue atingir, vive um estado de frustração. Este sentimento de depende de muitos factores: personalidade do sujeito, idade, natureza da motivação, tipo de obstáculo, etc.
Reacções à frustração :
Comportamentos resultantes da frustração :
1. Agressão (directa ou deslocada). Esta agressão denomina-se directa quando é dirigida contra a fonte que provocou a frustração, e deslocada se dirige para outras outras pessoas ou objectos. Ex. A criança agride o pai que a impede de brincar (agressão directa); A criança proibida de brincar, destrói os brinquedos com que o pai a impede de brincar (agressão deslocada);
Ao longo do processo de socialização, o indivíduo aprende a lidar com as frustrações, inibindo, deslocando, dissimulando, ou compensando as suas manifestações de agressividade. Em situações extremas, o individuo pode dirigir as suas manifestações de agressividade deslocada para ele próprio (auto-agressão).
2. Apatia (indiferença ou inactividade). Face a contínuas frustrações o individuo pode cair na reacção apática (indiferença perante a fonte da frustração). A pulsão motivadora do comportamento é reduzida ou eliminada.
Conflito interior:
Estado de tensão que resulta de uma tensão interior vivida pelo sujeito quando se debate com motivações inconciliáveis.
Kurt Lewin classificou os conflitos em três grupos:
1. Conflito aproximação/ aproximação - Decisão sobre duas coisas desejáveis, mas incompativeis. Ex.: Escolher entre uma festa e uma viagem;
2. Conflito afastamento/ aproximação - Decisão sobre algo que comporta aspecto positivos, mas também negativos. Ex. Fazer uma viagem, mas ficar sem dinheiro.
3. Conflito afastamento/ afastamento - Decisão sobre duas coisas igualmente desagradáveis, mas inevitáveis. Ex.: Para uma criança - comer a sopa ou ir para a cama;
Teorias da Motivação:
Principais teorias:
1. Teoria de Abraham Maslow:
Hierarquia das motivações (por ordem crescente - a célebre "Pirâmide" de Maslow):
1. Necessidades fisiológicas (água, luz solar, alimento,oxigénio, sexo, alojamento);
2. Necessidades de segurança (estar livre do medo e das ameaças, não depender de ninguém, autonomia, não estar abandonado, de protecção, de confidencialidade, de intinidade, de viver num ambiente equilibrado);
3. Necessidades de afecto ou de pertença (afiliação, afecto, companheirismo, relações interpesssoais, conforto, comunicação, dar e receber amor);
4. Necessidades de prestígio e estima social (respeito pela própria dignidade pessoal, elogio merecido, auto-estima, individualidade, identidade sexual, reconhecimento);
5. Necessidades de auto-realização e criatividade (auto-expressão, utilidade, criatividade, produção, diversão e ócio);
6. Cognitivas e de curiosidade, de conhecer o mundo (saber, inteligência, estudo, compreensão, estimulação, valia pessoal);
7. Estéticas (realização de possibilidades, autonomia pessoal, ordem, beleza, intimidade, verdade, objectivos espirituais).
2. Teorias Psicanalíticas:
Principais mecanismo de defesa do ego :
- Recalcamento : Processo de esquecimento inconsciente de lembranças desagradáveis. Os desejos e sentimentos inaceitáveis são mantidos no inconsciente.
- Repressão: Processo voluntário e consciente pelo qual o indivíduo esquece ou repele da consciência lembranças desagradáveis.
- Regressão: Retorno do indivíduo a formas de comportamento próprias de uma idade inferior à sua, nomeadamente aquelas em que se sentia seguro e confiante.
- Projecção: Os desejos próprios são atribuídos a outras pessoas. O individuo atribui a outros desejos que são seus.
- Identificação. Adopção de comportamentos daqueles que nos impressionam e se nos impõe como modelos de comportamento.
- Sublimação: Substituição do objectivo da pulsão por outro socialmente aceite e estimável. Deste modo o desejo é satisfeito de modo indirecto.
- Racionalização: Justificação, à posteriori, com o intuito de evitar sentimentos de inferioridade que ponham em risco a auto-estima.
- Compensação: Realização de actividades inferiores para compensar outras tidas como superiores, face àa quais o indivíduo manifesta medos ou assume certas incapacidades para a sua realização.
- Transferência: Mudança de um objecto proibido das pulsões para outro, relacionado com aquele, mas socialmente aceitável.
- Fantasia: "imersão" num "mundo alternativo".
A Percepção está estreitamente ligada à Motivação - na verdade, cada sujeito organiza muito do seu paradigma perceptivo em torno das suas próprias necessidades, interesses e modelação socio-cultural.
Conceito de Motivação:
Conjunto de forças internas que mobilizam o indivíduo para atingir um dado objectivo como resposta a um estado de necessidade, carência ou desequilíbrio.
A palavra motivação vem do latim movere , que significa "mover". A motivação é, então, aquilo que é susceptível de mover o indivíduo, de o levar a agir para atingir algo (o objectivo), e de lhe produzir um comportamento orientado.
Ciclo motivacional:
1. Necessidade. É o motivo, a razão de ser da acção. É provocada por um estado de desequilíbrio devido a uma carência ou privação.
Conjunto de forças internas que mobilizam o indivíduo para atingir um dado objectivo como resposta a um estado de necessidade, carência ou desequilíbrio.
A palavra motivação vem do latim movere , que significa "mover". A motivação é, então, aquilo que é susceptível de mover o indivíduo, de o levar a agir para atingir algo (o objectivo), e de lhe produzir um comportamento orientado.
Ciclo motivacional:
1. Necessidade. É o motivo, a razão de ser da acção. É provocada por um estado de desequilíbrio devido a uma carência ou privação.
(Ex. falta de alimento no organismo).
2. Impulso ou pulsão. É a actividade desenvolvida pela necessidade ou motivo, isto é, a energia interna que impele o indivíduo a agir num dado sentido.
2. Impulso ou pulsão. É a actividade desenvolvida pela necessidade ou motivo, isto é, a energia interna que impele o indivíduo a agir num dado sentido.
(Ex. força que move o indivíduo para obter comida).
3. Resposta. É a actividade desenvolvida e desencadeada pela pulsão para atingir algo.
3. Resposta. É a actividade desenvolvida e desencadeada pela pulsão para atingir algo.
(Ex. procurar comida).
4. Incentivo. É o objectivo para o qual se orienta a acção.
4. Incentivo. É o objectivo para o qual se orienta a acção.
(Ex. ingerir o alimento).
5. Saciedade. É a satisfação decorrente de se ter atingido o objectivo pretendido (depois de se ter ingerido o alimento, a fome desaparece).
Este comportamento sequencial volta a repetir-se sempre que se repete a necessidade que o provoca.
Tipos de Motivação:
5. Saciedade. É a satisfação decorrente de se ter atingido o objectivo pretendido (depois de se ter ingerido o alimento, a fome desaparece).
Este comportamento sequencial volta a repetir-se sempre que se repete a necessidade que o provoca.
Tipos de Motivação:
Não existe uma classificação para as motivações, mas várias. As motivações podem classificar-se em dois grandes grupos:
1. Motivações fisiológicas: (primárias, básicas, biológicas, orgânicas): as que estão ligadas à sobrevivência do organismo e não resultam de uma aprendizagem. Elas provocam no organismo certos impulsos para o restabelecimento do seu equilíbrio. Estas motivações encontram-se estreitamente ligadas com determinado estado interno do organismo. Exemplos: respiração, fome, sede, sexo, evitar o frio e o calor, sono, etc. A homeostasia designa o mecanismo que regulação o equilíbrio interno do organismo.
2. Motivações sociais: (secundárias, culturais): as que dependem essencialmente de aprendizagens, isto é, foram adquiridas no processo de socialização. Exemplos: Necessidade de convivência (afiliação), de reconhecimento, de êxito social, de segurança, etc. Este grupo pode ser subdividido, por exemplo, entre motivações sociais centradas no indivíduo e ou centradas na sociedade.
a) Centradas no indivíduo (auto-afirmação): desejo de segurança, de ser aceite, de pertencer a um grupo, de alcançar um estatuto social elevado, de enriquecer, etc.
b) Centradas na sociedade (independentes dos nossos interesses particulares): respeito pelo próximo, de solidariedade, de amizade, de amor, etc.
Há quem questione esta divisão das motivações, afirmando que todas elas têm um fundo comum: a busca do prazer, o único e verdadeiro motivo de todas as acções humanas.
Frustração :
Quando o indivíduo está motivado para atingir uma dado objectivo, e por um obstáculo qualquer não o consegue atingir, vive um estado de frustração. Este sentimento de depende de muitos factores: personalidade do sujeito, idade, natureza da motivação, tipo de obstáculo, etc.
Reacções à frustração :
Não existe uma reacção tipo para determinada frustração, as respostas às frustrações dependem de muito factores como acima aludimos.
Comportamentos resultantes da frustração :
1. Agressão (directa ou deslocada). Esta agressão denomina-se directa quando é dirigida contra a fonte que provocou a frustração, e deslocada se dirige para outras outras pessoas ou objectos. Ex. A criança agride o pai que a impede de brincar (agressão directa); A criança proibida de brincar, destrói os brinquedos com que o pai a impede de brincar (agressão deslocada);
Ao longo do processo de socialização, o indivíduo aprende a lidar com as frustrações, inibindo, deslocando, dissimulando, ou compensando as suas manifestações de agressividade. Em situações extremas, o individuo pode dirigir as suas manifestações de agressividade deslocada para ele próprio (auto-agressão).
2. Apatia (indiferença ou inactividade). Face a contínuas frustrações o individuo pode cair na reacção apática (indiferença perante a fonte da frustração). A pulsão motivadora do comportamento é reduzida ou eliminada.
Conflito interior:
Estado de tensão que resulta de uma tensão interior vivida pelo sujeito quando se debate com motivações inconciliáveis.
Kurt Lewin classificou os conflitos em três grupos:
1. Conflito aproximação/ aproximação - Decisão sobre duas coisas desejáveis, mas incompativeis. Ex.: Escolher entre uma festa e uma viagem;
2. Conflito afastamento/ aproximação - Decisão sobre algo que comporta aspecto positivos, mas também negativos. Ex. Fazer uma viagem, mas ficar sem dinheiro.
3. Conflito afastamento/ afastamento - Decisão sobre duas coisas igualmente desagradáveis, mas inevitáveis. Ex.: Para uma criança - comer a sopa ou ir para a cama;
Teorias da Motivação:
Principais teorias:
1. Teoria de Abraham Maslow:
Este psicólogo, fundador da psicologia humanista, descreve o processo como o indivíduo passa das necessidades básicas, como alimentar-se, a necessidades superiores como as cognitivas ou estéticas.
Maslow estabelece uma estrutura hierarquia das necessidades partindo da ideia que se não se satisfaz uma necessidade básica, torna-se impossível satisfazer outras de ordem superior. Se temos fome (necessidade fisiológica), por exemplo, somos incapazes de nos concentrarmos em actividades estéticas.Esta ideia aplica-a a todas as actividades da vida humana, afirmando também que todos os homens aspiram à auto-realização plena das suas potencialidades.
Maslow estabelece uma estrutura hierarquia das necessidades partindo da ideia que se não se satisfaz uma necessidade básica, torna-se impossível satisfazer outras de ordem superior. Se temos fome (necessidade fisiológica), por exemplo, somos incapazes de nos concentrarmos em actividades estéticas.Esta ideia aplica-a a todas as actividades da vida humana, afirmando também que todos os homens aspiram à auto-realização plena das suas potencialidades.
Hierarquia das motivações (por ordem crescente - a célebre "Pirâmide" de Maslow):
1. Necessidades fisiológicas (água, luz solar, alimento,oxigénio, sexo, alojamento);
2. Necessidades de segurança (estar livre do medo e das ameaças, não depender de ninguém, autonomia, não estar abandonado, de protecção, de confidencialidade, de intinidade, de viver num ambiente equilibrado);
3. Necessidades de afecto ou de pertença (afiliação, afecto, companheirismo, relações interpesssoais, conforto, comunicação, dar e receber amor);
4. Necessidades de prestígio e estima social (respeito pela própria dignidade pessoal, elogio merecido, auto-estima, individualidade, identidade sexual, reconhecimento);
5. Necessidades de auto-realização e criatividade (auto-expressão, utilidade, criatividade, produção, diversão e ócio);
6. Cognitivas e de curiosidade, de conhecer o mundo (saber, inteligência, estudo, compreensão, estimulação, valia pessoal);
7. Estéticas (realização de possibilidades, autonomia pessoal, ordem, beleza, intimidade, verdade, objectivos espirituais).
2. Teorias Psicanalíticas:
O comportamento do indivíduo é motivado por uma energia libidinal, que se manifesta sob a forma de pulsões. A satisfação desta pulsões diminuem a tensão no indivíduo, mas também produzem prazer.Nem sempre esta satisfação se revela aceitável, o que origina frustrações e conflitos.
A fim de evitar as frustrações e os conflitos, e tendo em vista diminuir a tensão interna, os mecanismos de controlo do ego (Eu), recorrem a várias estratégias para a controlarem estas tensões e obterem alguma satisfação das pulsões. Na sua maior parte tratam-se de respostas elaboradas pelo inconsciente, sem que o individuo se dê conta disso.
A fim de evitar as frustrações e os conflitos, e tendo em vista diminuir a tensão interna, os mecanismos de controlo do ego (Eu), recorrem a várias estratégias para a controlarem estas tensões e obterem alguma satisfação das pulsões. Na sua maior parte tratam-se de respostas elaboradas pelo inconsciente, sem que o individuo se dê conta disso.
Principais mecanismo de defesa do ego :
- Recalcamento : Processo de esquecimento inconsciente de lembranças desagradáveis. Os desejos e sentimentos inaceitáveis são mantidos no inconsciente.
- Repressão: Processo voluntário e consciente pelo qual o indivíduo esquece ou repele da consciência lembranças desagradáveis.
- Regressão: Retorno do indivíduo a formas de comportamento próprias de uma idade inferior à sua, nomeadamente aquelas em que se sentia seguro e confiante.
- Projecção: Os desejos próprios são atribuídos a outras pessoas. O individuo atribui a outros desejos que são seus.
- Identificação. Adopção de comportamentos daqueles que nos impressionam e se nos impõe como modelos de comportamento.
- Sublimação: Substituição do objectivo da pulsão por outro socialmente aceite e estimável. Deste modo o desejo é satisfeito de modo indirecto.
- Racionalização: Justificação, à posteriori, com o intuito de evitar sentimentos de inferioridade que ponham em risco a auto-estima.
- Compensação: Realização de actividades inferiores para compensar outras tidas como superiores, face àa quais o indivíduo manifesta medos ou assume certas incapacidades para a sua realização.
- Transferência: Mudança de um objecto proibido das pulsões para outro, relacionado com aquele, mas socialmente aceitável.
- Fantasia: "imersão" num "mundo alternativo".
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