domingo, 27 de fevereiro de 2011

Percepção e Motivação

Pirâmide de Maslow (Hierarquia das Motivações Humanas)

A Percepção está estreitamente ligada à Motivação - na verdade, cada sujeito organiza muito do seu paradigma perceptivo em torno das suas próprias necessidades, interesses e modelação socio-cultural.



Conceito de Motivação:


Conjunto de forças internas que mobilizam o indivíduo para atingir um dado objectivo como resposta a um estado de necessidade, carência ou desequilíbrio.
A palavra motivação vem do latim movere , que significa "mover". A motivação é, então, aquilo que é susceptível de mover o indivíduo, de o levar a agir para atingir algo (o objectivo), e de lhe produzir um comportamento orientado.

Ciclo motivacional:

1. Necessidade. É o motivo, a razão de ser da acção. É provocada por um estado de desequilíbrio devido a uma carência ou privação.
(Ex. falta de alimento no organismo).

2. Impulso ou pulsão. É a actividade desenvolvida pela necessidade ou motivo, isto é, a energia interna que impele o indivíduo a agir num dado sentido.
(Ex. força que move o indivíduo para obter comida).

3. Resposta. É a actividade desenvolvida e desencadeada pela pulsão para atingir algo.
(Ex. procurar comida).

4. Incentivo. É o objectivo para o qual se orienta a acção.
(Ex. ingerir o alimento).

5. Saciedade. É a satisfação decorrente de se ter atingido o objectivo pretendido (depois de se ter ingerido o alimento, a fome desaparece).

Este comportamento sequencial volta a repetir-se sempre que se repete a necessidade que o provoca.


Tipos de Motivação:

Não existe uma classificação para as motivações, mas várias. As motivações podem classificar-se em dois grandes grupos:

1. Motivações fisiológicas: (primárias, básicas, biológicas, orgânicas): as que estão ligadas à sobrevivência do organismo e não resultam de uma aprendizagem. Elas provocam no organismo certos impulsos para o restabelecimento do seu equilíbrio. Estas motivações encontram-se estreitamente ligadas com determinado estado interno do organismo. Exemplos: respiração, fome, sede, sexo, evitar o frio e o calor, sono, etc. A homeostasia designa o mecanismo que regulação o equilíbrio interno do organismo.

2. Motivações sociais: (secundárias, culturais): as que dependem essencialmente de aprendizagens, isto é, foram adquiridas no processo de socialização. Exemplos: Necessidade de convivência (afiliação), de reconhecimento, de êxito social, de segurança, etc. Este grupo pode ser subdividido, por exemplo, entre motivações sociais centradas no indivíduo e ou centradas na sociedade.

a) Centradas no indivíduo (auto-afirmação): desejo de segurança, de ser aceite, de pertencer a um grupo, de alcançar um estatuto social elevado, de enriquecer, etc.

b) Centradas na sociedade (independentes dos nossos interesses particulares): respeito pelo próximo, de solidariedade, de amizade, de amor, etc.

Há quem questione esta divisão das motivações, afirmando que todas elas têm um fundo comum: a busca do prazer, o único e verdadeiro motivo de todas as acções humanas.


Frustração :

Quando o indivíduo está motivado para atingir uma dado objectivo, e por um obstáculo qualquer não o consegue atingir, vive um estado de frustração. Este sentimento de depende de muitos factores: personalidade do sujeito, idade, natureza da motivação, tipo de obstáculo, etc.

Reacções à frustração :
Não existe uma reacção tipo para determinada frustração, as respostas às frustrações dependem de muito factores como acima aludimos.

Comportamentos resultantes da frustração :

1. Agressão (directa ou deslocada). Esta agressão denomina-se directa quando é dirigida contra a fonte que provocou a frustração, e deslocada se dirige para outras outras pessoas ou objectos. Ex. A criança agride o pai que a impede de brincar (agressão directa); A criança proibida de brincar, destrói os brinquedos com que o pai a impede de brincar (agressão deslocada);
Ao longo do processo de socialização, o indivíduo aprende a lidar com as frustrações, inibindo, deslocando, dissimulando, ou compensando as suas manifestações de agressividade. Em situações extremas, o individuo pode dirigir as suas manifestações de agressividade deslocada para ele próprio (auto-agressão).

2. Apatia (indiferença ou inactividade). Face a contínuas frustrações o individuo pode cair na reacção apática (indiferença perante a fonte da frustração). A pulsão motivadora do comportamento é reduzida ou eliminada.


Conflito interior:

Estado de tensão que resulta de uma tensão interior vivida pelo sujeito quando se debate com motivações inconciliáveis.

Kurt Lewin classificou os conflitos em três grupos:

1. Conflito aproximação/ aproximação - Decisão sobre duas coisas desejáveis, mas incompativeis. Ex.: Escolher entre uma festa e uma viagem;

2. Conflito afastamento/ aproximação - Decisão sobre algo que comporta aspecto positivos, mas também negativos. Ex. Fazer uma viagem, mas ficar sem dinheiro.

3. Conflito afastamento/ afastamento - Decisão sobre duas coisas igualmente desagradáveis, mas inevitáveis. Ex.: Para uma criança - comer a sopa ou ir para a cama;


Teorias da Motivação:

Principais teorias:

1. Teoria de Abraham Maslow:
Este psicólogo, fundador da psicologia humanista, descreve o processo como o indivíduo passa das necessidades básicas, como alimentar-se, a necessidades superiores como as cognitivas ou estéticas.
Maslow estabelece uma estrutura hierarquia das necessidades partindo da ideia que se não se satisfaz uma necessidade básica, torna-se impossível satisfazer outras de ordem superior. Se temos fome (necessidade fisiológica), por exemplo, somos incapazes de nos concentrarmos em actividades estéticas.Esta ideia aplica-a a todas as actividades da vida humana, afirmando também que todos os homens aspiram à auto-realização plena das suas potencialidades.

Hierarquia das motivações (por ordem crescente - a célebre "Pirâmide" de Maslow):

1. Necessidades fisiológicas (água, luz solar, alimento,oxigénio, sexo, alojamento);

2. Necessidades de segurança (estar livre do medo e das ameaças, não depender de ninguém, autonomia, não estar abandonado, de protecção, de confidencialidade, de intinidade, de viver num ambiente equilibrado);

3. Necessidades de afecto ou de pertença (afiliação, afecto, companheirismo, relações interpesssoais, conforto, comunicação, dar e receber amor);

4. Necessidades de prestígio e estima social (respeito pela própria dignidade pessoal, elogio merecido, auto-estima, individualidade, identidade sexual, reconhecimento);

5. Necessidades de auto-realização e criatividade (auto-expressão, utilidade, criatividade, produção, diversão e ócio);

6. Cognitivas e de curiosidade, de conhecer o mundo (saber, inteligência, estudo, compreensão, estimulação, valia pessoal);

7. Estéticas (realização de possibilidades, autonomia pessoal, ordem, beleza, intimidade, verdade, objectivos espirituais).

2. Teorias Psicanalíticas:
O comportamento do indivíduo é motivado por uma energia libidinal, que se manifesta sob a forma de pulsões. A satisfação desta pulsões diminuem a tensão no indivíduo, mas também produzem prazer.Nem sempre esta satisfação se revela aceitável, o que origina frustrações e conflitos.
A fim de evitar as frustrações e os conflitos, e tendo em vista diminuir a tensão interna, os mecanismos de controlo do ego (Eu), recorrem a várias estratégias para a controlarem estas tensões e obterem alguma satisfação das pulsões. Na sua maior parte tratam-se de respostas elaboradas pelo inconsciente, sem que o individuo se dê conta disso.

Principais mecanismo de defesa do ego :

- Recalcamento : Processo de esquecimento inconsciente de lembranças desagradáveis. Os desejos e sentimentos inaceitáveis são mantidos no inconsciente.

- Repressão: Processo voluntário e consciente pelo qual o indivíduo esquece ou repele da consciência lembranças desagradáveis.

- Regressão: Retorno do indivíduo a formas de comportamento próprias de uma idade inferior à sua, nomeadamente aquelas em que se sentia seguro e confiante.

- Projecção: Os desejos próprios são atribuídos a outras pessoas. O individuo atribui a outros desejos que são seus.

- Identificação. Adopção de comportamentos daqueles que nos impressionam e se nos impõe como modelos de comportamento.

- Sublimação: Substituição do objectivo da pulsão por outro socialmente aceite e estimável. Deste modo o desejo é satisfeito de modo indirecto.

- Racionalização: Justificação, à posteriori, com o intuito de evitar sentimentos de inferioridade que ponham em risco a auto-estima.

- Compensação: Realização de actividades inferiores para compensar outras tidas como superiores, face àa quais o indivíduo manifesta medos ou assume certas incapacidades para a sua realização.

- Transferência: Mudança de um objecto proibido das pulsões para outro, relacionado com aquele, mas socialmente aceitável.

- Fantasia: "imersão" num "mundo alternativo".

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A Separação de Poderes

ESSA – Barreiro
Cursos EFA - Cidadania e Profissionalidade
UFCD 6 – RA 1 - Actividade 13
Formador António José Ferreira




DA SEPARAÇÃO DOS PODERES SEGUNDO MONTESQUIEU

MONTESQUIEU trata do tema da separação dos poderes do Estado na sua obra “Do Espírito das Leis”, no livro décimo primeiro.
Para MONTESQUIEU, o princípio da Separação dos Poderes é uma decorrência da liberdade. Para assegurar a liberdade na vida social, dentro do Estado, é imprescindível
a Separação dos Poderes do Estado.

Da Liberdade

A liberdade democrática consiste em o povo fazer o que quer, no entanto, a liberdade política impõe a consideração da liberdade dos demais membros da sociedade. No Estado, ou seja, na sociedade em que há leis, a liberdade não pode consistir em fazer o que se quer individualmente, mas o que se quer colectivamente. Através dos representantes, o povo expressa a sua vontade como uma unidade política e são elaboradas leis visando atender a este conjunto de vontades que pretende representar a vontade geral ou maioritária de uma dada sociedade.
As leis, portanto, é que informa o que se deve querer e quando se pode ser constrangido a fazer o que não se deve desejar.
Liberdade para Montesquieu é o direito de fazer tudo o que as leis permitem ou não proíbem. Assim, a liberdade política é mais restrita que a liberdade moral.
A experiência histórica demonstra que sempre que o homem tem poder a sua tendência é abusar dele até onde encontrar limites. A experiência histórica também demonstra que o meio mais eficaz de impor limites a um poder é através de um outro poder de igual força.
Assim é que MONTESQUIEU sintetiza:
“...Para que não se possa abusar do poder é preciso que, pela disposição das coisas, o poder freie o poder. Uma constituição pode ser de tal modo, que ninguém será constrangido a fazer coisas que a lei não obriga e a não fazer as que a lei permite.”
Em regra, os Estados possuem um mesmo objectivo, o de manterem a sua independência , o que só pode ocorrer se for mantida a estabilidade, a coesão, a unidade interna.
Assim, os Estados, em geral, tem por objectivo a manutenção da sua liberdade política.

Da Separação dos poderes propriamente dita

Poder Judicial

Diz MONTESQUIEU que o poder de julgar não deve caber ao Senado em carácter permanente, mas a pessoas emanadas do povo. Num certo período do ano, na forma da lei, para integrarem um tribunal durante certo tempo.
Assim, o poder de julgar “tão terrível entre os homens”, (livro décimo primeiro) torna‑se impessoal.

Do Poder Legislativo

O Poder Legislativo, segundo MONTESQUIEU, pode ser outorgado a um corpo permanente pois que não exercem restrição sobre a liberdade do indivíduo, mas sendo apenas a expressão da vontade geral.
Num Estado livre, o povo deve ter o poder de legislar, já que cada indivíduo livre possui o poder de se governar a si próprio. Todavia, como nos Estados populosos isto é impossível e, é necessário que o povo expresse a sua vontade através dos seus representantes.
Quanto mais próximo o representante for da comunidade ou local que representa, mais capaz será de representar os seus representados.
A participação directa do povo na elaboração das leis é inconveniente porque impede o processo de discussão. Já através dos representantes, por serem em menor número, possibilitam a discussão.
Todos os cidadãos com vontade própria, nos diversos distritos eleitorais devem ter direito a escolher o representante.
O povo ,em conjunto, é incapaz de exercer as funções de tomada de decisões, as quais pela sua natureza devem ser tomadas pelo Executivo. O povo, no entanto, é capaz de escolher os seus representantes, pois, quanto maior o número de pessoas a avaliar os candidatos, melhor será a escolha.
A função do corpo legislativo deve ser a de fazer leis ou verificar se as leis que elaborou estão a ser executadas (poder fiscalizador). O legislativo não deve ser incumbido de” tomar qualquer resolução activa”. (ob. cit.)
O corpo legislativo não deve ficar muito tempo sem se reunir.
A ausência de reunião do corpo legislativo por longo tempo implicaria a inexistência de liberdade e, pois que ou o Estado mergulharia na anarquia ou as resoluções seriam tomadas elo Executivo que se tornaria absoluto.
Por outro lado, um corpo legislativo que se reúna demasiadamente por facilitar a corrupção, pois que “poderia acontecer que apenas se ocupasse em suprir com novos deputados o lugar dos que morresse ...( livro décimo primeiro ). A corrupção do corpo legislativo é mal irreparável , devendo ser evitado a todo custo. É , por isto, que preventivamente , o corpo legislativo deve ser modificado ou ,pelo menos, possibilitada a sua modificação pelo povo periodicamente, para que essa nova eleição possa avaliar o desempenho dos representantes e se for necessário, eleger novos representantes.
Num Estado livre, o Poder Executivo não pode impedir a actuação do Poder Legislativo, mas tem o dever de verificar se e como as leis que promulgou estão sendo cumpridas e executadas.


Do Poder Executivo.

O Poder Executivo é o poder do Estado que, nos moldes da constituição de um país, possui a atribuição de governar o povo e administrar os interesses públicos, cumprindo fielmente as ordenações legais.
O executivo pode assumir diferentes aspectos, conforme o local em que esteja instalado. No presidencialismo o líder do poder executivo, denominado Presidente, é escolhido pelo povo, para mandatos regulares, acumulando a função de chefe de estado e chefe de governo.
Já no sistema parlamentarista, o executivo depende do apoio directo ou indirecto do parlamento para ser constituído e para governar. Este apoio costuma ser expresso por meio de um voto de confiança. Não há, neste sistema de governo, uma separação nítida entre os poderes executivo e legislativo, ao contrário do que ocorre no presidencialismo.
O parlamentarismo distingue os papéis de chefe de estado e chefe de governo, ao contrário do presidencialismo, onde os dois papéis são exercidos pela mesma pessoa. No parlamentarismo, o chefe de estado normalmente não detém poderes políticos de muita importância, desempenhando um papel principalmente cerimonial como símbolo da continuidade do Estado.
Nas repúblicas parlamentaristas, o chefe de estado é eleito pelo voto popular ou nomeado pelo parlamento, por prazo determinado (geralmente com o título de Presidente da República); nas monarquias parlamentaristas, o chefe de estado é o monarca, geralmente um cargo hereditário. Já o chefe de governo, com o título de primeiro-ministro (ou, em alguns casos, presidente do governo ou chanceler), efectivamente conduz os negócios do governo, em coordenação com os demais ministros membros do gabinete.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O Livro de Reclamações




Desde o início de 2006, o número de fornecedores de bens e prestadores de serviços obrigados a ter livro de reclamações foi alargado.
O que é e para que serve?
O livro de reclamações é um dos meios mais práticos e comuns para o consumidor apresentar queixa. Quando algo não corre bem na prestação de um serviço ou na compra de um produto, o consumidor pode solicitar este livro e reclamar logo nesse local, sem nenhum encargo. Mesmo que a entidade a quem a queixa é enviada já não possa solucionar o problema, esta forma de reclamar pode ajudar a evitar que outros cidadãos sejam prejudicados pelas mesmas razões.

Como funciona?
A reclamação é registada no livro em triplicado. O responsável do estabelecimento entrega ao cliente o duplicado da queixa e tem cinco dias úteis para enviar a sua cópia à entidade competente para a apreciar. O consumidor pode proceder também ao envio da queixa para aquela entidade, para se assegurar de que esta chega ao destino). Uma terceira cópia da reclamação permanece no livro, não podendo dele ser retirada. Depois de analisar o que foi escrito, o organismo competente decide se deve ou não penalizar o estabelecimento ou instituição. Se os dados não forem suficientes para avançar com o processo de contra-ordenação, o estabelecimento tem um prazo de 10 dias para apresentar alegações em sua defesa.
Como preencher a reclamação?
Para que tudo corra bem, convém preencher com cuidado. Há algumas regras que não pode esquecer quando tiver o livro nas suas mãos.
Use sempre uma esferográfica (para que a queixa não possa ser apagada) e escreva de forma legível. Se achar necessário, faça um rascunho numa folha à parte, para que a reclamação final seja o mais concisa e objectiva possível.
Depois de indicar qual o estabelecimento ou serviço em causa (nome e morada), identifique-se correctamente (com o seu nome, morada e número de documento de identidade ou de passaporte) e refira os motivos que conduziram à reclamação, bem como a data e a hora em que fez a queixa.
Guarde toda a documentação que comprove o objecto da reclamação (tais como facturas, contratos, brochuras, fotografias, etc.), bem como a cópia da queixa a que tem direito. Procure também obter o testemunho de quem possa comprovar aquilo que alega.

À vista de todos
O cartaz “Este estabelecimento dispõe de livro de reclamações” já há muito que deixou de despertar a curiosidade dos frequentadores de cafetarias e restaurantes. A partir de 2006, também é obrigatório em farmácias, lares, creches ou universidades privadas, entre outros locais abrangidos pela nova lei. A afixação desta frase em local visível é obrigatória em todos os estabelecimentos com livro de reclamações. O nome do organismo competente para apreciar a queixa tem também de ser incluído no cartaz.

Quando algo corre mal
Sempre que o livro de reclamações lhe seja solicitado, o proprietário do estabelecimento não pode exigir a apresentação de qualquer documento de identificação como condição para o apresentar. Se o acesso ao livro lhe for negado deve chamar a polícia, para tentar resolver a situação. Depois, numa segunda fase, até pode dirigir duas reclamações escritas à entidade que tutela a actividade ou serviço: a primeira, pelo facto que originou o pedido do livro de reclamações; e a segunda, pela recusa em facultarem-lho.
Se a instituição ou entidade prestadora de bem ou serviço não cumprir as regras relativas ao livro de reclamações, pode incorrer na prática de contra-ordenações. No caso das empresas, a coima pode, em algumas situações, ir até 30 mil euros.

Exija o livro
Até 2006 o livro de reclamações estava à disposição, entre outros, nos seguintes estabelecimentos:

- empreendimentos turísticos, restaurantes e bares, agências de viagens, turismo rural,
- espaços de jogo e lazer, campos de férias e termas;
- escolas e centros de exames de condução e centros de inspecção automóvel;
- clínicas, laboratórios, hospitais e centros de reabilitação privados;
- mediadoras imobiliárias e agências funerárias;
- instituições privadas de solidariedade social e serviços de apoio social e domiciliário.
Desde 2006, entre outros, também passam a ser obrigados a ter livro de reclamações:
- jardins de infância e creches, centros de actividades de tempos livres, lares e instituições com acordos de cooperação com os centros distritais de segurança social (como cantinas sociais, por exemplo);
- cabeleireiros, institutos de beleza, estabelecimentos de tatuagens e colocação de pírcingues e ginásios;
- prestadores de serviços de transporte, telefone, água, gás, electricidade, acesso à Internet e correios;
- lojas de venda a retalho e estabelecimentos de comercialização ou reparação de automóveis;
- postos de abastecimento de combustíveis, parques de estacionamento;
- farmácias, lavandarias e engomadorias;
- recintos de espectáculos;
- seguradoras, mediadores e corretores de seguros, instituições de crédito e estabelecimentos do ensino particular e cooperativo.
“DECO”




TAREFAS:


1- Defina “Livro de Reclamações” e indique a sua finalidade.


2 – Descreva a tramitação do processo de reclamação através do Livro.


3 – Especifique os cuidados a ter na utilização do Livro de Reclamações.


4 – Elenque os estabelecimentos obrigados por lei a ter Livro de Reclamações.


5 – Ajuíze da utilidade e da eficácia deste instrumento público.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A Percepção I















Em psicologianeurociência e ciências cognitivas, perceção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais a partir do histórico da experiência anterior.
Através da perceção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio.
Consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos.
A perceção pode ser estudada do ponto de vista estritamente biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos evocados pela estimulação dos órgãos dos sentidos. Do ponto de vista psicológico ou cognitivo, a perceção envolve também os processos mentais, a memória e outros aspetos que podem influenciar na interpretação dos dados percecionados.

O estudo da perceção:

A perceção é um dos campos mais antigos no estudo dos processos fisiológicos e cognitivos envolvidos. Os primeiros a estudar com profundidade a perceção foram
Hermann von Helmholtz, Gustav Theodor Fechner e Ernst Heinrich Weber, A Lei de Weber-Fechner é uma das mais antigas relações quantitativas da psicologia experimental e quantifica a relação entre a magnitude do estímulo físico (mensurável por instrumentos) e o seu efeito percebido (relatado). Mais tarde Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório de psicologia experimental em Leipzig em 1879.

Na filosofia, a perceção e seu efeito no conhecimento e aquisição de informações do mundo é objeto de estudo da filosofia do conhecimento ou epistemologia. Em geral a perceção visual foi base para diversas teorias científicas ou filosóficas. Newton e Goethe estudaram a perceção de cores, Kant salientou a incognoscibilidade do real em si, isto é considerado independentemente da sua representação, ou seja o que conhecemos é o real para nós (fenómeno), e algumas escolas, como a Gestalt, surgida no Século XIX e outras mais recentes, como a fenomenologia e o existencialismo baseiam toda a sua teoria na perceção do mundo.

Para a psicologia a perceção é o processo ou resultado de se tornar consciente de objetos, relacionamentos e eventos por meio dos sentidos, que inclui actividades como reconhecer, observar e discriminar. Essas actividades permitem que os organismos se organizem e interpretem os estímulos recebidos em termos de conhecimento significativo.

A perceção de figura-fundo, por exemplo, é a capacidade de distinguir adequadamente objeto e fundo numa apresentação do campo visual. Um enfraquecimento nessa capacidade pode prejudicar seriamente a capacidade de aprender de uma criança.



Perceção e realidade

Na psicologia, o estudo da perceção é de extrema importância porque o comportamento das pessoas é baseado na interpretação que fazem da realidade e não na realidade em si. Por este motivo, a perceção do mundo é diferente para cada um de nós, cada pessoa percebe um objeto ou uma situação de acordo com os aspetos que têm especial importância para si própria, se houver alguma privação ou deficiência sensorial (cegueira ou surdez por exemplo) este aspeto ainda será mais acentuado.
Muitos psicólogos cognitivos e filósofos de diversas escolas, sustentam a tese de que, ao transitar pelo mundo, as
 pessoas criam um modelo mental de como o mundo funciona (paradigma). Ou seja, elas sentem o mundo real, mas o mapa sensorial que isso provoca na mente é provisório, da mesma forma que uma hipótese científica é provisória até ser comprovada ou refutada ou novas informações serem acrescentadas ao modelo.
À medida que adquirimos novas informações, a nossa perceção altera-se. Diversas experiências com
  perceções visuais demonstram que é possível notar a mudança na perceção ao adquirir novas informações. As ilusões de ótica e alguns jogos, como o dos “descubra as diferenças”, baseiam-se nesse facto. Algumas imagens ambíguas são exemplares ao permitir ver objetos diferentes de acordo com a interpretação que delas se faz. Numa "imagem mutável", não é o estímulo visual que muda, mas apenas a interpretação que se faz desse estímulo.

Assim como um objeto pode dar margem a múltiplas perceções, também pode ocorrer um objeto não gerar perceção nenhuma. Se o objeto percebido não tem base na realidade de uma pessoa, ela pode, literalmente, não percebê-lo. Os primeiros relatos dos colonizadores da América
 registaram que os índios da América Central não viram a frota naval dos colonizadores que se aproximavam na sua primeira chegada. Como os navios não faziam parte da realidade desses povos, eles simplesmente não eram capazes de percebê-los no horizonte e eles misturavam-se à paisagem sem que isso fosse interpretado como uma informação a considerar. Somente quando as frotas estavam mais próximas é que passaram a ser visíveis. Qualquer pessoa, nos dias de hoje, de pé numa praia espera encontrar barcos no mar. Eles tornam-se, portanto, imediatamente visíveis, mesmo que sejam apenas pontos no horizonte (eu próprio assisti a uma criança de 4 anos, instada pelo pai a identificar fotografias de animais do Jardim Zoológico, a dizer que um deles era um “pinguru”).
Passa-se a considerar cada vez mais a importância da pessoa que percebe, durante o ato da perceção. A presença e a condição do observador modificam o fenómeno.
As perceções são normais se realmente correspondem àquilo que o observador vê, ouve e sente. Contudo, podem ser deficientes, se houver ilusões dos sentidos ou mesmo alucinações. Esta ambiguidade da perceção é explorada em tecnologias humanas como a
 camuflagem, mas também no mimetismo apresentado em diversas espécies animais e vegetais, como algumas borboletas que apresentam desenhos que se assemelham a olhos de pássaros, que assustam os predadores potenciais e os camaleões que assumem a cor do local em que se encontram. 

As Teorias Cognitivas da perceção assumem que há uma pobreza de estímulos. Isto significa (em referência à perceção) que as sensações, sozinhas, não são capazes de prover uma descrição única do mundo. As sensações necessitam de enriquecimento, que é o papel do modelo mental, dos sistemas percetivos.

Sensação = elemento singular da perceção (som, cor, etc.).

Perceção = conjunto estruturado de sensações.

Fatores que influenciam a perceção:

O
 processo de perceção tem início com a atenção que não é mais do que um processo de observação seletiva, ou seja, das observações por nós efetuadas. Este processo faz com que nós percebamos alguns elementos em desfavor de outros. Deste modo, são vários os fatores que influenciam a atenção e que se encontram agrupados em duas categorias: a dos fatores externos (próprios do meio ambiente) e a dos fatores internos  (próprios do nosso organismo).

Fatores externos:

Os fatores externos mais importantes da atenção são
 a intensidade  (pois a nossa atenção é particularmente despertada por estímulos que se apresentam com grande intensidade e é por isso que as sirenes das ambulâncias possuem um som insistente e alto); o contraste  (a atenção será muito mais despertada quanto mais contraste existir entre os estímulos, tal como acontece com os sinais de trânsito pintados em cores vivas e contrastantes); o movimento que constitui um elemento principal no despertar da atenção (por exemplo, as crianças e os gatos reagem mais facilmente a brinquedos que se movem do que estando parados); e a incongruência, ou seja, prestamos muito mais atenção às coisas absurdas e bizarras do que ao que é normal (por exemplo, na praia num dia verão prestamos mais atenção a uma pessoa que apanhe sol usando um cachecol - ou, como já me aconteceu, ver nudistas de camisola de gola alta - do que a uma pessoa usando um fato de banho normal).

Fatores internos:

Os fatores internos que mais influenciam a atenção são a motivação - prestamos muito mais atenção a tudo que nos motiva e nos dá prazer do que às coisas que não nos interessam (crianças e adultos, homens e mulheres, jovens, pessoas idosas e gente de meia-idade visitam com mais frequência secções diferentes dos hipermercados); a experiência anterior ou, por outras palavras, a força do hábito faz com que prestemos mais atenção ao que já conhecemos e entendemos. Ainda há a considerar o fenómeno social que explica que a nossa condição sociocultural faça com que pessoas de contextos sociais diferentes não prestem igual atenção aos mesmos objetos  (por exemplo, os livros e os filmes a que se dá mais importância em Portugal não despertam a mesma atenção no Japão ou na Índia).

Princípios da perceção:

Na perceção das formas, as teorias da perceção reconhecem quatro princípios básicos que a influenciam:

- tendência à estruturação ou princípio do fechamento
 - tendemos a organizar elementos que se encontram próximos uns dos outros ou que sejam semelhantes 
(exemplo: constelações de estrelas);

- segregação figura-fundo - explica que percebemos mais facilmente as figuras bem definidas e salientes que se inscrevem em fundos indefinidos e mal contornados (por exemplo, um cálice branco pintado num fundo preto). Figuras deste tipo, porque chamam muito a atenção, são muito utilizadas em sinalética e publicidade);

- pregnância das formas ou boa forma - qualidade que determina a facilidade com que percebemos figuras bem formadas. Percebemos mais facilmente as formas simples, regulares, simétricas e equilibradas;

- constância percetiva - traduz-se na estabilidade da perceção (os seres humanos possuem uma resistência acentuada à mudança e, por exemplo, percebem cores diurnas mesmo à noite).

Outros fatores:

Em relação à perceção da
 profundidade, sabe-se que esta advém da interação de fatores orgânicos (características do nosso corpo) com fatores ambientais (características do meio ambiente). São exemplos dos fatores orgânicos: a acomodação do cristalino que é uma espécie de lente natural de que dispomos para focar convenientemente os objetos; e a convergência das linhas de visão (a posição das linhas altera-se sempre que olhamos para objetos situados a diferentes distâncias).
Para exemplificar os fatores ambientais temos o princípio do contraste luz-sombra
  (as partes salientes dos objetos são mais claras que as restantes, em função da iluminação recebida) e a grandeza relativa  (a profundidade pode ser representada variando o tamanho e a distância dos objetos pintados. Os objetos mais distantes parecem-nos mais pequenos do que aqueles que estão mais próximos - o que se designa por perspetiva).


Tipos de Perceção:


O estudo da perceção distingue alguns tipos principais de perceção. Nos seres humanos, as formas mais desenvolvidas são a perceção visual e auditiva, pois durante muito tempo foram fundamentais à sobrevivência da espécie (a
 visão e a audição eram os sentidos mais utilizados na caça e na proteção contra predadores). Também é por essa razão que as artes plásticas e a música foram as primeiras formas de arte a serem desenvolvidas por todas as civilizações, antes mesmo da invenção da escrita. As demais formas de perceção, como a olfativa, gustativa e táctil, têm um importante papel na alimentação e no conforto, mas também na afetividade e na reprodução.

Além da perceção ligada aos cinco sentidos, os humanos também possuem capacidade de perceção temporal e espacial.

Wikipédia (adaptado por António José Ferreira)




terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Crescimento e Desenvolvimento Humano


UFCD 3270 - Crescimento e Desenvolvimento Humano



1.0 INTRODUÇÃO:O desenvolvimento humano deve ser entendido como uma globalidade. É um termo amplo que se refere a todos os processos de mudança pelos quais as potencialidades de um indivíduo se desdobram como novas habilidades, qualidades, traços e características correlacionadas. Inclui os ganhos de longo prazo e relativamente irreversíveis do crescimento, maturação, aprendizagem e realização. O crescimento é um dos componentes do desenvolvimento e significa divisão celular com consequente aumento da massa corpórea. O crescimento pode ser mensurado através de balança, fita métrica e de outros instrumentos, como adipómetros (mede a gordura subcutânea). O desenvolvimento pode ser analisado sob quatro aspectos: ¨ Aspecto físico–motor: refere–se ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, à capacidade de manipulação de objectos e de exercícios do próprio corpo. ¨ Aspecto intelectual: é a capacidade de pensamento, raciocínio. ¨ Aspecto afectivo – emocional: é o modo particular de o indivíduo integrar as suas experiências. É o sentir. A sexualidade faz parte desse aspecto. ¨ Aspecto social: é a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras pessoas. Todas as teorias do desenvolvimento humano partem do pressuposto de que esses quatro aspectos são indissociáveis, mas elas podem enfatizar aspectos diferentes, isto é, estudar o desenvolvimento global a partir da ênfase em um dos aspectos.



2.0 DESENVOLVIMENTO:



2.1 – Factores do crescimento e desenvolvimento


2.1.1 – Factores genéticos:


A herança genética (património genético ou hereditariedade) é a propriedade dos seres vivos transmitirem as suas características à descendência. O material que inicia a vida consiste no citoplasma e núcleo do ovo fertilizado. O núcleo contém os genes, metade recebidos do pai e metade da mãe, que se localizam nos cromossomas. Todas as características do indivíduo estão na dependência dos genes herdados, incluindo o crescimento e o desenvolvimento. As particularidades individuais do organismo condicionadas pela herança formam o que se denomina constituição e portanto a predeterminação atrás referida é um aspecto constitucional e como tal escapa à acção de qualquer procedimento modificador de ordem médica. A herança genética (hereditariedade) é responsável não somente pela ampla variação dos atributos normais da espécie, mas também pela transmissão de genes anormais capazes de alterar o ritmo de crescimento e desenvolvimento.


2.1.2– Factores neuroendócrinos:



Os sistemas nervoso e endócrino interagem de maneira complexa. O cérebro, principalmente via hipotálamo, regula a secreção de hormonas, que por sua vez agirão retroactivamente sobre o encéfalo modificando a sua actividade. O hipotálamo age como um centro receptor e distribuidor de mensagens, controlando a função hipofisária na produção e liberação de hormonas tróficas, permitindo a actividade normal de todas as glândulas do organismo e ordenando os impulsos dos órgãos terminais efectores. Alguns núcleos hipotalâmicos já foram identificados como responsáveis por funções neuroendócrinas de grande interesse em pediatria, como é o caso do crescimento. O facto de que lesões hipotalâmicas podem alterar o crescimento e o desenvolvimento da criança é demonstrado por inúmeros exemplos na clínica: puberdade precoce, puberdade atrasada, anomalias do crescimento, hipogonadismo hipogonadotrófico, diabetes insípido, hipertireoidismo hipotalâmico.

2.1.3 – Factores Nutricionais:



Têm – se dito que crescer é sinónimo de proteinizar, isto é, reter nitrogénio (azoto). A proteína é o único material, insubstituível e fundamental do crescimento e da reconstrução incessante. A albumina leva em si a excelência do crescimento. O nitrogénio como elemento específico de crescimento não se acumula em depósitos como ocorre com os hidratos de carbono e as gorduras, mas destina – se na sua quase totalidade para a histogénese (desenvolvimento dos tecidos orgânicos). Os hidratos de carbono constituem a fonte de energia mais comum e mais barata, de fácil digestão e absorção desde o início da vida. As gorduras, além de serem fonte poderosa de energia, constituem material indispensável para a constituição do protoplasma, são veículos de vitaminas lipossolúveis, contribuem para o sabor da dieta e sensação de saciedade, são essenciais para a síntese de esteróides Quanto aos minerais, a criança necessita de pelo menos 12 minerais em quantidade adequada para formação de novos tecidos.


2.2 – Delimitação dos grupos etários:


O período total de crescimento e desenvolvimento está dividido em duas etapas fundamentais separadas pelo momento obstétrico: período pré – natal e pós-natal. O momento obstétrico representa talvez a experiência mais perigosa de toda a vida de um indivíduo. Entretanto, o feto encontra-se preparado para o enfrentar. Há um revestimento de gordura suficiente para proteger as suas vísceras e assim o defender do frio extra-uterino, as suas articulações são dotadas de grande amplitude de movimentação e o seu cérebro é mais resistente à anóxia do que em qualquer outra fase da vida extra uterina. A divisão etária do período de crescimento e desenvolvimento adoptada nos Departamentos de Pediatria das Faculdades de Medicina é a seguinte:



Período pré – natal:


- embrionário: primeiro trimestre

- fetal precoce: segundo trimestre

- fetal tardio: terceiro trimestre


Período pós – natal:


- neonatal: 0 a 28 dias


- infância:


- lactente dos 29 dias aos 2 anos exclusive - pré – escolar: dos 2 anos aos 6 anos exclusive - escolar: dos 6 anos aos 10 anos exclusive


- adolescência:


- pré – puberal: 10 anos aos 12 – 14 anos

- puberal: 12 – 14 anos aos 14 – 16 anos

- pós – puberal: 14 – 16 anos aos 18 – 20 anos



3.0 CONCLUSÃO:



O indivíduo desenvolve controle neuromuscular, destreza e traços de carácter, funções que só podem ser medidas por meio de testes ou provas funcionais. Maturação e diferenciação são muitas vezes termos empregados como sinónimos de desenvolvimento. Crescimento e desenvolvimento constituem a resultante final da interacção de um conjunto de factores, que podem ser divididos em extrínsecos (ou ambientais) e intrínsecos (ou orgânicos). Entre os factores extrínsecos essenciais para o crescimento encontram – se a ingestão de dieta normal, a actividade física e toda a estimulação bio-psico-social ambiental. Os factores intrínsecos são representados fundamentalmente pela herança (energia hereditária) e pelo sistema neuroendócrino.


Márcio Amorim (adaptado por António José Ferreira)