terça-feira, 31 de maio de 2011

Grupos Sociais





Caracterizar os grupos sociais


Um grupo social é constituído por um conjunto de indivíduos que tem em comum interesses, situações e/ou sentimentos. A primeira classificação que vamos referir é a que tem como função que os grupos se propõem a executar.
Todos nós pertencemos a vários grupos - grupo familiar, grupo escolar, grupo de amigos, grupo desportivo, grupo político, etc. - cada grupo diferente a que pertencemos define uma função social em que queremos participar.
A sociologia habituou-nos a distinguir os grupos primários e secundários.

Distingue grupos primários de grupos secundários

Falamos de grupos primários quando o relacionamento entre os membros se faz de forma intima e informal, surgindo na maior parte das vezes de forma espontânea. Nestes grupos há uma identificação dos indivíduos com os valores dominantes, sendo o caso do grupo familiar ou do grupo de amigos.
Se o relacionamento é mais formal e distante, se os laços afectivos são inexistentes, referimo-nos a grupos secundários, esta é uma colectividade mais ampla, mais organizada e menos espontânea do que o grupo primário.

Distingue grupos de pertença de grupos de referência

Outra qualificação fácil de compreender tem por critério a identificação de pertença ou dum modelo a seguir. Quando nos encontramos entre pessoas que nos são próximas sentimos que estamos com membros de um grupo a que pertencemos. Grupos de pertença são aqueles a que sentimos que pertencemos por oposição aos grupos exteriores; são aqueles que sentimos que são nossos. Outros grupos há a que não pertencemos mas que nos servem de modelo, é o que se chama de grupo de referência. Os seus valores podem atrair os membros dum grupo estranho que os vêem como parceiros desejáveis. É o caso dos "estilos". P/ exemplo: "surfista" mesmo para quem nunca "surfou", etc.


Aponta elementos que permitem identificar os grupos


Os membros de um grupo partilham as características culturais comuns necessárias ao estabelecimento da comunicação. Os indivíduos que compõem um grupo, para além de uma certa duração, tem de ter em comum: relações de comunicação, interacção, uma organização, interesses, uma finalidade, valores e normas, uma linguagem.
Os elementos que permitam identificar os grupos são a estrutura, a identidade semântica (de significado, simbólica) e a coesão do grupo. Em relação à estrutura dum grupo, esta consiste num sistema de estatutos e papéis articulados entre si, que lhe dá consistência e que lhe permite manter-se a funcionar. Relativamente à identidade semântica podemos dizer que os membros de qualquer grupo, que durante um apreciável período de tempo vivem uma experiência de interacções prolongadas tendem a desenvolver valores comuns em que se assentam não só na regulamentação das relações entre eles mas também na definição dos papéis dos vários membros. No que diz respeito à coesão de um grupo, esta é a força que leva os membros a manterem-se em conjunto e resistir à força de desintegração. Há coesão e não ruptura quando os objectivos e interesses de um grupo estão relacionados entre si de modo cooperativo e não competitivo, quando a unidade é mais forte que a pluralidade.

Infere da necessidade de pertença aos grupos primários


Existe uma necessidade de pertença aos grupos primários devido à interligação que estes dois conceitos ("pertença" e "grupos primários") têm e de se interligarem um com o outro.
Falando destes dois conceitos fala-se em grupos de interacção intima, espontânea entre os membros em que há um relacionamento que altera as condutas do indivíduo e manifesta um profundo sentimento de solidariedade, aderindo rigorosamente a valores sociais comuns.
Os grupos de pertença são grupos onde os indivíduos partilham dessa solidariedade que os fazem comportar-se de maneira diferente com grupos exteriores("nós" X "eles").


Classificar os grupos sociais


Um grupo social é constituído por um conjunto de indivíduos que têm em comum interesses, uma situação e sentimentos de pertença a esse grupo. Cada sociedade é constituída por uma rede de grupos. Assim, um grupo social não é uma simples adição de indivíduos ou um ajuntamento devido ao acaso.O grupo social constitui um todo superior à soma dos indivíduos que o compõem (o "todo" é superior à soma das partes). Os indivíduos estão ligados por interesses comuns e vivem de certa forma da solidariedade do grupo a que pertencem.

Identifica, distingue, caracteriza e dá exemplos de alguns tipos de colectividades não estruturadas


Os agrupamentos não estruturados são constituídos por indivíduos que se encontram ocasionalmente, não têm uma finalidade comum, nem possuem organização, isto é, não possuem uma estrutura.
Com características diferentes das dos grupos existentes, os agrupamentos não estruturados classificam-se em vários tipos: os agregados sociais, uma multidão, um ajuntamento, a assistência e uma manifestação. Os agregados sociais são um vasto conjunto indiferenciado de indivíduos que se encontram em estado de proximidade física mas sem ou com fraca comunicação recíproca. Ex: uma equipa de rugby é um grupo, a multidão que assiste aos desafios de rugby forma um agregado.
Uma multidão é uma unidade concreta composta por todos os indivíduos que estão no mesmo local a fazer a mesma coisa. As pessoas estão apenas lado a lado, não têm relações de comunicação muito significativas e muito menos de cooperação ou coesão. Ex: são as pessoas que estão num determinado momento no supermercado ou numa paragem do autocarro. Um ajuntamento pode ser considerado um conjunto de pessoas onde se pode iniciar um processo de comunicação e uma convergência que vai transformar uma multidão em ajuntamento. Ex: as pessoas que estão na paragem do autocarro e que assistem a um acidente de viação.
Se a comunicação é estabelecida não com as pessoas que constituem o aglomerado mas com o objecto que motivou a reunião estamos perante um agregado social chamado assistência. Ex: pessoas que assistem a um filme num cinema.
Há situações de comunicação com o próprio objecto provocada pela aglomeração, estamos perante uma situação de manifestação.