sábado, 24 de setembro de 2011

Urbanismo e Mobilidade



"Urbanismo e Educação são duas áreas em que toda a gente opina. Mais que não seja porque mais ou menos toda a gente mora numa casa e mais ou menos toda a gente andou na escola."


O Urbanismo é a disciplina e a atividade relacionadas com o estudo, regulação, controle e planeamento da cidade (no seu sentido mais amplo) e da urbanização. A sua definição porém, varia de acordo com a época e o lugar. No entanto, costuma-se diferenciá-lo da simples ação urbanizadora por parte do homem, de forma a que o urbanismo esteja associado à ideia de que as cidades são objetos a serem estudados, mais do que simplesmente trabalhados. Também, entretanto, não é uma disciplina que se possa confundir com ramos de outras ciências mais amplas (como a geografia urbana ou a sociologia urbana, embora mantenha interfaces com elas).
O Urbanismo mostra-se, portanto, como uma ciência humana (e uma ciência aplicada), de caráter eminente multidisciplinar, inserida no contexto próprio de uma sociedade em processo de constante variação demográfica, respondendo a uma forte pressão de civilização e urbanidade, enfrentando muitas questões e problemas delas decorrentes. Numa perspetiva simplista, o urbanismo corresponde à ação de projetar e ordenar as cidades. No entanto, sob um ponto de vista mais amplo, o urbanismo pode ser entendido como um conjunto de práticas ou de ideias de realizar a cidade (polis) enquanto habitat humano. A essa tarefa não são estranhas opções de carácter económico, social e político.
Portanto, o estudo do urbanismo deve ser uma atividade multidisciplinar e complexa que dialoga principalmente com a arquitetura (no seu sentido mais comum), com a arquitetura paisagística, com o design e com a política. Ele necessita da contribuição de áreas do conhecimento como a ecologia, a geologia, as ciências sociais, a geografia e outras ciências.
A palavra deriva dos estudos do engenheiro catalão Ildefonso Cerdá, responsável pelo projeto de ampliação de Barcelona na década de 1850. Apesar de jamais ter usado o termo urbanismo, Cerdà cunhou o termo urbe para designar de modo geral os diferentes tipos de fixação humana e o termo urbanização designando a ação sobre a urbe. Destes termos muito próximos surgirá o nome urbanismo no início do século XX. Cerdà publicou extensos estudos sobre as cidades de Barcelona e Madrid, que versavam sobre os mais diversos aspetos da cidade indo desde questões técnicas (como a análise da rua e respetivos sistemas de infraestrutura) até questões teóricas e territoriais, (i.e.: como ligar as cidades em uma grande rede nacional?). Um compêndio expandido e revisto, a Teoria Geral da Urbanização, publicado em 1867, resulta dos seus estudos anteriores e é a publicação mais notória de Cerdà.
Mobilidade é a propriedade do que é móvel ou do que obedece às leis do movimento; facilidade em mudar de lugar; velocidade adquirida por um meio de transporte, relaciona-se com a facilidade de acesso (acessibilidade) e deslocação.

domingo, 18 de setembro de 2011





Desenvolvimento Infantil

Mostramos abaixo um resumo das principais características do desenvolvimento da criança nos seus primeiros anos de vida.

As características mostradas são as mais comuns para cada faixa etária. É normal que a criança apresente um ou outro aspecto adiantado ou atrasado em relação à tabela de desenvolvimento, e isto vai depender essencialmente dos estímulos que a criança recebe no seu dia a dia, por isto, é imprescindível que os pais saibam como estimular os seus filhos e também que o desenvolvimento da criança seja acompanhado pelo pediatra e/ou profissionais especializados.

Faixa Etária

Ações que realiza

Comportamento

Como comunica


- 0 a 3 meses

No primeiro mês, reage perante barulhos muito altos e pode assustar-se com barulho inesperado.

Passa boa parte do tempo a dormir.

O seu sistema visual é limitado, portanto só vê algum objeto ou alguém se estiver bem próximo dele.

No 2º ao 3º mês, o bebé já começa a acompanhar objetos e pessoas com os olhos e reconhece os pais.

Abre e fecha as mãos, leva-as à boca e suga os dedos.

Segura objetos com firmeza por certo tempo e consegue agarrar objetos suspensos.

Desenvolve um tipo diferente de choro para cada problema que se apresenta, como por exemplo, o constante e agudo.

Com brincadeiras e músicas o bebé fica agitado, realizando movimentos de pernas, braços, sorri e dá gritinhos.

Quando ouve a voz dos pais, o bebé vira a cabeça.

Comunica através do choro e ruídos. Imita alguns sons de vogal.

Nesta fase, é importante organizar a rotina do bebé, tornando os horários das atividades fixos, como por exemplo, mudar a fralda depois da mamada ou dar banho todos os dias à mesma hora.

É importante que a rotina seja de forma razoavelmente metódica.




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- 4 a 7 meses

Fica na postura de bruços e apoia-se nos antebraços quando quer ver o que está a acontecer ao seu redor.

Rebola de um lado para o outro.

Estende a mão para alcançar o objeto que deseja, transfere-o de uma mão para outra e coloca-o na boca.

Apresenta equilíbrio quando colocado sentado.

Ri quando algo lhe agrada e quando lhe desagrada mostra raiva através da expressão facial.

Nesta fase, alguns bebés podem demonstrar medo perante pessoas estranhas.

Fica a repetir os seus próprios sons e imita as vozes das pessoas em seu redor.

Movimenta a cabeça na direção do som escutado.

Pára de chorar ao ouvir música.

Sorri quando quer atenção do adulto.

Formação do conceito de causa e efeito no momento em que está a explorar um brinquedo(se este se desmancha, por exemplo).

Olha, chacoalha e atira objetos ao chão.




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- 8 a 11 meses

Gatinha e senta-se sem apoio.

Consegue ficar em pé com apoio.

Aponta para objetos ou pessoas.

Pega em pequenos objetos com o indicador e o polegar

Demonstra raiva quando não é o centro das atenções.

Reconhece a sua imagem no espelho e reage com euforia.

Protesta quando é contrariado.

Localiza a fonte sonora.

Bate palmas, manda beijinhos e percebe quando lhe dizem adeus ("tchau").

Começa a compreender o significado de alguns gestos.

Balança a cabeça quando não quer alguma coisa.

Fase do treino com monossílabos do tipo: “ma-ma”, “da-da”, “ne-ne”.




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- 1 a 2 anos

Anda sem apoio.

Com 18 meses pode começar a correr, subir a móveis e ficar nas pontas dos pés sem apoio.

Vira páginas de um livro ou revistas (várias ao mesmo tempo).

Gosta de rabiscar no papel.

Sabe quando uma ilustração está de cabeça para baixo.

Mostra senso de humor.

Nesta fase, o bebé ainda não compreende as regras, contudo chora quando é repreendido e sorri quando é o centro das atenções ou quando é elogiado.

Quando está fulo, pode atirar objetos ou brinquedos.

É possessivo. Prefere não compartilhar brinquedos com as outras crianças.

Reconhece o próprio nome.

A partir dos 18 meses começa a criar frases curtas.

A criança começa a formar frases com uma palavra só, tipo “nenê-papá, nenê-naná” e vai até à construção de frases até três palavras como: “quer ver tevê”.

Esta é a fase das perguntas: “que é isso?”

Usa o próprio nome.

Reconhece as partes do seu corpo e de outras pessoas.

Presta atenção a histórias curtas.




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- 2 a 3 anos

Tira os sapatos.

Chuta a bola sem perder o equilíbrio.

Gosta de dançar, consegue acompanhar o ritmo da música batendo palmas.

Nesta fase a criança está pronta para abandonar o uso das fraldas.

Apresenta perceção de quem é.

Mexe em tudo e faz má criação ("cara de mau"), testa a autoridade.

Tenta impor as suas vontades e caprichos.

Prefere ter companhia para brincar.

Gosta de participar dos serviços de casa, como por exemplo arrumar a mesa do jantar.

As frases vão aumentando e surge o plural.

As crianças nesta fase tem uma ótima compreensão, percebem tudo que é dito à sua volta.

Pergunta: "o quê", "O que", "onde".

Fala de si mesma na 3a. pessoa.

Chama os familiares próximos pelo nome.




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- 3 a 4 anos

É capaz de se vestir e de se despir sem ajuda de um adulto.

Gosta de desenhar.

Nesta fase já consegue segurar um lápis na posição correta.

Consegue pedalar.

Brinca com as outras crianças.

Apresenta interesse pelos sentimentos das pessoas que estão à sua volta, por exemplo, se perceber que seu pai está triste, procura confortá-lo.

Constrói frases até seis palavras, sobre o dia a dia, situações reais e pessoas próximas.

Compreende a existência de regras gramaticais e tenta usá-las.

É comum a troca do '"r" pelo "l", a qual acaba por volta dos 3 anos e 6 meses.

Compreende os conceitos de igual e diferente.

É capaz de separar os brinquedos por tamanho e cor (começa a classificar).

Lembra-se de histórias e é capaz de as contar.





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- 4 a 5 anos

Consegue usar a tesoura, corta papel.

Maior domínio no uso de talheres.

Consegue agarrar a bola com as duas mãos quando está em movimento.

Está mais sociável com as outras crianças.

Sente-se grande perto das crianças mais pequenas.

Sente vontade de tomar as suas próprias decisões.

Nesta fase o vocabulário da criança aumentou bastante, já diz muitas palavras.

Expressa os seus sentimentos e emprega verbos como “pensar” e “lembrar”.

Também fala de coisas ausentes (abstração) e usa palavras de ligação entre as frases, como por exemplo: “e então”, “porque”, “mas”, etc.

Gosta de inventar e contar as suas próprias histórias.

Consegue identificar algumas letras do alfabeto e números.