O termo Psicologia remete-nos para o grego antigo, como, aliás, uma grande parte dos termos científicos e significa literalmente “ciência da alma” (psique = alma + logos = ciência). Designava classicamente uma área da Filosofia de carácter metafísico (outro termo de origem grega), isto é, que estaria para além da realidade física. Ora, como o que está para além da realidade física, independentemente de poder ou não existir, é inobservável (e a “alma” está nesta categoria), optou-se por reduzir a Psicologia ao estudo do “comportamento”, isto é da conduta observável de seres humanos e animais.
A Psicologia é assim, desde o início do século XX, a ciência que estuda o comportamento ou conduta. O comportamento é assim o objecto (= campo de investigação) da Psicologia.
Uma ciência, qualquer que seja, para além de ter delimitado o seu campo de investigação, necessita de definir os procedimentos dessa investigação, quer dizer, precisa de método(s). O método é o conjunto de regras, orientações e procedimentos que permite conduzir uma investigação de forma económica, ou seja, maximizando os resultados e minimizando os esforços; tal como para ir de Lisboa ao Porto o mais rapidamente possível é desnecessário passar por Viseu, a não ser que tenhamos que fazer lá alguma coisa, também os métodos científicos enquadram de forma “útil” os procedimentos nas ciências.
No entanto, as
ciências não são todas do mesmo tipo e estão “arrumadas” em dois grandes grupos
– as Ciências Matemáticas e da Natureza (Matemática, Física, Química, Biologia)
e as Ciências Sociais e Humanas (Psicologia, Sociologia, Economia – que às
vezes mais parece “desumana”). Qual será a diferença fundamental? A
estabilidade metodológica e o acordo no essencial entre os cientistas. Verificamos
que neste domínio a Química, por exemplo, é muito mais consensual do que a
Psicologia (e da Economia então, nem é bom falar).
A Psicologia comporta, assim, várias
correntes, métodos e áreas específicas que abordaremos ao longo do Curso.
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