A História
recente tem vindo a registar um fenómeno de aceleração que consiste num
constante e intenso incremento da velocidade e na mudança dos processos de
comunicação e produção em geral. Com efeito, durante milénios as comunicações
foram lentas e difíceis, tornando as trocas comerciais raras e onerosas e os
próprios processos de produção reduzidos muitas vezes a um mínimo exigido pelo
limiar da sobrevivência, muito longe dos actuais parâmetros da produção
industrial em série e da sociedade de consumo.
Mas esta
sociedade de produção e consumo em massa, ao tornar-se num paradigma planetário
tem, ela própria, vindo a evoluir vertiginosamente, implicando da parte da
força de trabalho constantes adaptações, nomeadamente na descodificação e
operacionalização da informação - processos vitais a investir no circuito da
própria produção, que começa por ser, cada vez mais, produção de informação.
Os novos processos de trabalho
assentam na automação da produção, na disseminação e no controle da informação
por meios electrónicos e pela robótica industrial. Também hoje são cada vez
mais vulgares os processos de tele-trabalho possibilitados pela utilização
produtiva das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação).
Estas novas
realidades têm vindo a alterar substancialmente o modo como se vive e convive e
até a criar algumas novas perturbações da sociabilidade; por isso teremos que
criar novas formas de compensar o vazio induzido por uma certa “desrealização”
do mundo provocada pela irrupção brusca e descontrolada do “virtual” na nossa
vida.
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