terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Intervenção Pedagógica em Crianças com NEE




Foi estabelecido em 1992, pela American Association for Mental Retardation e aceite por órgãos oficiais no mundo inteiro, que o quoficiente de inteligência (QI) é considerado apenas um dos indicativos para o diagnóstico diferencial. A deficiência mental implica limitações essenciais no desempenho intelectual da pessoa, manifestas até os 18 anos, e é caracterizada pela combinação do funcionamento intelectual significativamente abaixo da média, no caso um Q.I. igual a 70- 75, com limitações relacionada com limitações na conduta adaptativa em duas ou mais das seguintes áreas : comunicação, cuidados pessoais, vida escolar, habilidades sociais, desempenho na comunidade.
Muito comum também é o desconhecimento, por parte dos profissionais, de que existem graus de deficiência mentais moderados e leves que estão, ou podem estar, integrados no sistema regular de ensino, participando com poucas ou nenhumas restrições nas atividades sociais apropriadas  para a sua idade cronológica.
Diversos autores têm apontado que o nível de funcionamento e adaptação social destes indivíduos não provém apenas de fatores internos, mas sobre tudo da falta da comportamentos apropriados no seu repertório (conjunto de aptidões ou "skills")  devido ao tipo de socialização e educação que estes recebem, principalmente a maneira estereotipada como são tratados pelos demais.
A partir do momento em que uma pessoa recebe o diagnóstico de deficiente mental todas as suas características, potencialidades e atributos são subestimados; a sua vida fica restrita a situações “protegidas”, devido ao estigma, todas as atitudes e comportamentos destes indivíduos, assim como a sua expressão de sentimentos e desejos, serão para sempre vistas a partir do referencial da “anormalidade”, excluindo-se assim do seu convívio todos aqueles que não receberam treino especifico para lidar com esta "clientela". No entanto e quando proporcionadas as condições adequadas, o deficiente mental, como qualquer outra pessoa, pode crescer emocionalmente, transformar a sua maneira de estar no mundo, e consequentemente  aumentar a sua auto-estima e expandir a sua esfera de relacionamento humano.
Sob esse prisma, o papel do psicólogo no atendimento ao deficiente mental intensifica-se. Este deixa de apenas apontar e qualificar o grau de desvio, para buscar estratégias que possibilitem e incrementem o crescimento interno, a autonomia e a independência pessoal. Deve ser dada a devida tenção ao desenvolvimento de condutas e habilidades que facilitem a adequação desse individuo às normas sociais, aumentando as suas possibilidades de integração social e profissional.

5. EDUCAÇÃO PRÉ – ESCOLAR PARA CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
A validade da educação especial justifica-se na certeza da importância da educação para todos. Assim para alguns, ela deve desenvolver-se de forma especial, para atender às diferenças individuais dos alunos, através da diversificação dos serviços educacionais.
A educação consiste num trabalho que visa desenvolver as oportunidades para que cada um venha a ser uma pessoa em toda a sua plenitude, apoiando-se nos recursos da pessoa, mediante a consideração das suas necessidades e debilidades, das suas forças e esperanças. O princípio educativo está na capacidade de crescimento do ser humano, que é ilimitada.
As crianças com necessidades especiais são aquelas que, por alguma espécie de limitação requerem certas modificações ou adaptação no programa educacional que lhes permita atingir o seu potencial máximo. Essas limitações podem decorrer de problemas visuais, auditivos, mentais ou motores, bem como de condições ambientais (económicas, sociais,culturais e afectivas) desfavoráveis.
A presença de necessidades educativas especiais é o factor que irá indicar se o aluno deve receber educação especial, e não apenas a presença de uma deficiência ou sobredotação, pois, a existência de uma deficiência não torna obrigatório que o seu portador tenha que ser excluído dos processos comuns de educação.
Diagnóstico e Classificação: Os termos diagnóstico, classificação, avaliação e testagem, são utilizados e definidos de diferentes maneiras nas várias áreas: médica, psicológica, educacional.
5.1. TODO  O DIAGNÓSTICO TEM DUAS FUNÇÕES BÁSICAS
     Localizar e analisar as causas das dificuldades dos alunos em todas as áreas das suas atividades,

Identificar e avaliar as áreas de aprendizagem e ajustamento, tanto as positivas, como as negativas.

5.2. CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS ALUNOS ESPECIAIS
São inúmeras as desvantagens e desvios existentes na classificação de pessoas em categorias, mas acabam  por tornar-se necessárias principalmente do ponto vista da administração do Sistema Educacional.
1.Excepcionais intelectuais:
1.1. Sobredotados
1.2. Deficientes mentais
a) Educáveis
b) Treináveis
c) Dependentes
2. Excepcionais físico-sensoriais:
2.1. Deficientes físicos não sensoriais
2.2. Deficientes físicos sensoriais
a) Deficientes auditivos
b) Deficientes visuais
3. Excepcionais psicossociais:
3.1. Alunos com distúrbios emocionais
3.2. Alunos com desajustes sociais
4. Excepcionalidade múltipla
4.1. Alunos com mais de um tipo de desvio
5.3. ALGUNS RECURSOS EDUCACIONAIS MAIS ENCONTRADOS
1. Ensino Itinerante:
Prestação de serviços, por um professor especializado, que visita várias escolas comuns que recebem alunos excepcionais. Tanto para professores com para alunos.
2. Sala de Recursos:
E uma sala que conta com materiais e equipamentos especiais, na qual o professor especializado, fixo na escola, auxilia os alunos nos aspectos específicos em que precisam de ajuda para manter a classe comum.
3. Classe Especial:
Instalada em classe comum, caracteriza-se pelo agrupamento de alunos classificados com o mesma categoria de excepcionalidade, que estão sob a responsabilidade de um professor especializado.
4. Escola Especial ou Educação Especial:
É aquela que foi organizada para atender especifica e exclusivamente alunos excepcionais. Algumas atendem apenas um tipo de excepcionalidade, outras atendem diferentes tipos.

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