sábado, 11 de outubro de 2014

Intervenção Precoce - Noções Fundamentais


 

 
Princípios gerais orientadores da Intervenção Precoce:

· Uma perspectiva ecológica de intervenção, considerando sempre a criança e a
família inseridas num contexto sistémico alargado, onde não podem ser esquecidas
a vizinhança, a comunidade e o sistema institucional e cultural envolventes;

· Uma perspectiva centrada na família, que partindo das suas necessidades e recursos vise capacitá-la e dar-lhe poder de decisão;

· Uma perspectiva centrada nos contextos, procurando transpor para o trabalho interinstitucional a mesma metodologia de respeito e rentabilização de recursos usada com as famílias;

· Uma perspectiva de Desenvolvimento Comunitário, que conduza a uma
participação activa e democrática da população e à criação de uma solidariedade
comunitária e institucional;

· Uma perspectiva transdisciplinar de funcionamento, acreditando numa visão
multifacetada e que permita a circularidade de saberes;

· Uma perspectiva de Investigação-Acção que possibilite um permanente
crescimento e adequação das intervenções através de uma reflexão constante;

· Uma perspectiva de itinerância, acreditando que a equipa deve estar disponível
para se deslocar aos vários contextos de vida da criança sempre que a família assim o deseje ou necessite.

Princípios Orientadores das Relações com as Famílias:
 
 
1. Adoptar uma perspectiva em que a família é encarada como um sistema social;

2. Assumir a família como foco de intervenção;

3. Considerar o fortalecimento da família como o principal objectivo da intervenção;

4. Assumir uma atitude proactiva relativamente às famílias, enfatizando a promoção
das suas competências e não o tratamento ou prevenção de problemas;

5. Focalizar-se nas necessidades identificadas pelas famílias (e não pelos
profissionais);

6. Fortalecer o funcionamento familiar dando a maior ênfase à identificação dos seus
recursos e competências;

7. Fortalecer as redes de apoio da própria família e utilizá-las como principal fonte de
apoio na resolução das necessidades;

8. Expandir e modificar, no sentido de uma maior adequação e compatibilização, o papel dos profissionais nas suas interacções com as famílias.

:Apoio à qualificação de competências parentais e familiares:
 
1. Propoporcionar oportunidades de aprendizagem da criança (que devem ser interessantes/ estimulantes e motivar o seu envolvimento activo, resultando num sentido de controlo por parte da criança relativamente às suas competências);
 
2. Prestar apoio às competências dos pais (através de informação, aconselhamento e orientação
que promova a sua auto-confiança, fortaleça as competências e conhecimentos
parentais já existentes e promova a aquisição de novas competências para cuidar da
criança e providenciar-lhe oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento);
 
3. Diligenciar apoios e recursos da família/comunidade (incluindo qualquer tipo de recurso
intrafamiliar, informal, comunitário ou formal de que os pais necessitem para
desempenhar de forma adequada a sua função parental);

Fases Procedimentais do Processo de Intervenção Precoce:
 
1) o despiste e a sinalização das situações de risco;
 
2) a monitorização e vigilância das crianças em risco que não forem sinalizadas;
 
(3) o acesso aos serviços de IP;
 
(4) a avaliação interdisciplinar abrangente;
 
 (5) a determinação da elegibilidade para a IP;
 
(6) a avaliação dos factores de stresse das famílias;
 
 (7) o planeamento, desenvolvimento e implementação do programa de IP;
 
(8) a monitorização e avaliação dos resultados;
 
(9) o planeamento da transição.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Cultura, Língua e Comunicação - Conceitos 1








A noção de Cultura varia de acordo com o contexto em que é utilizada. Se numa acepção mais "erudita" do conceito significa o Saber académico e as Belas-Artes, já na acepção das Ciências Sociais implica tudo o que as comunidades e sociedades humanas produzem ao nível material e imaterial, desde os artefactos e técnicas aos valores e padrões de comportamento.
Nas Ciências Sociais o conceito de Cultura designa um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais artificiais (isto é, não naturais ou biológicos) aprendidos de geração em geração por meio da vivência em sociedade.
A Cultura é assim o modo como os seres humanos vivem a Natureza que, no seu sentido mais amplo, é equivalente ao mundo natural ou universo físico. O termo "natureza" faz referência aos fenómenos do mundo físico, e também à vida em geral. Geralmente não inclui os objectos artificiais, ou seja, fruto do artifício humano, construídos pelo homem. Por isso, tudo o que fazemos, mesmo o mais “natural”, da alimentação à sexualidade, é  mediado pela Cultura. A Cultura é evolutiva, isto é muda com o tempo e varia no espaço, as nossas habitações não são iguais ás dos antigos romanos, mas os ninhos das andorinhas de hoje são idênticos aos que as andorinhas faziam no tempo de Júlio César ou de Tutankamon.
Podemos dizer que pela dimensão da Natureza todos somos iguais, entre nós e com os outros seres naturais; é na Cultura que residem as diferenças.
Somos então naturalmente idênticos e culturalmente diferenciados. A Cultura é o modo que cada comunidade encontrou para se adaptar à Natureza, podemos  pois, falar em pluralidade de Culturas.
 
O fenómeno dos Fluxos Migratórios contribui fortemente para o encontro de Culturas - existem casas de fados em Paris, restaurantes italianos, chineses (em que até experimentamos comer com os "pauzinhos"), japoneses e indianos, mas também argentinos e brasileiros, um pouco por todo o mundo. Vêem-se trajes e penteados africanos na Europa e na América e o fast-food de origem norte-americana, mas não só, também com origem no Médio Oriente (a pita shoarma e o kebab, por exemplo), encontra-se vulgarizado por todo o Globo.
Já no século XVI, Lisboa era chamada a cidade de "muitas e desvairadas gentes", por ser a capital de um Império multicultural que ia do Brasil à Índia, passando por África.
Os Fluxos Migratórios e a facilidade das comunicações electrónicas, com a internet, com uma economia e trocas comerciais planetarizadas, estão a criar uma Sociedade Global em que coexistem formas de expressão cultural e artística com muitas origens, que se influenciam e sintetizam mutuamente, constituindo expressões fusionais em que, no entanto, se conseguem vislumbrar os elementos constituintes. A música e as artes plásticas são exemplos desse Cosmopolitismo cultural.
As nossas necessárias Enculturação (processo de condicionamento e/ou de aprendizagem, consciente ou inconsciente, formal ou informal, mediante o qual um indivíduo, no decorrer da vida, apreende os padrões gerais de sua cultura) e Socialização (o processo de integração do indivíduo numa sociedade, apropriando comportamentos e atitudes, modelando-os por valores, crenças, normas dessa mesma culturas em que o indivíduo se insere) ocorrem também enquanto formas de Aculturação (todo o fenómeno de interacção social que resulta do contacto entre duas ou mais culturas).Ora, o que hoje se passa neste domínio é uma espécie de Aculturação Global em que será desejável que se mantenham traços identitários e não uma amálgama indiferenciada.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O Euro (2)



O euro

O euro é actualmente a moeda única de 18 Estados-Membros da União Europeia, que em conjunto formam a zona euro. A introdução do euro em 1999 representou um passo muito importante no processo da integração europeia e constitui também um dos seus maiores êxitos: cerca de 330 milhões de cidadãos da União Europeia utilizam-no actualmente como moeda e usufruem de vantagens que continuarão a aumentar à medida que outros países da União Europeia forem adoptando a moeda única.
Quando o euro foi introduzido, em 1 de Janeiro de 1999, tornou-se a nova moeda oficial de 11 Estados-Membros, substituindo, em duas fases, as antigas moedas nacionais – como o marco alemão, o franco francês e o escudo. Foi inicialmente utilizado como moeda virtual nas operações de pagamento que não envolviam notas e moedas, bem como para fins contabilísticos, enquanto as antigas moedas continuavam a ser utilizadas nas operações de pagamento em numerário e a ser consideradas subdivisões do euro. Posteriormente, em 1 de Janeiro de 2002, o euro foi introduzido fisicamente sob a forma de notas e moedas.

O euro não é a moeda de todos os Estados-Membros. Dois países, a Dinamarca e o Reino Unido, acordaram uma opção de exclusão no Tratado, que os dispensa de participar na zona euro, enquanto os restantes (muitos dos novos Estados-Membros e a Suécia)  não preenchem, ainda que por motivos diferentes, as condições estabelecidas para a adopção da moeda única. Quando preencherem, tencionam substituir as suas moedas nacionais pelo euro.

DATAS DE INTRODUÇÃO DO EURO NOS ESTADOS-MEMBROS


2014 LETÓNIA

O euro e a União Económica e Monetária


Todos os Estados-Membros da União Europeia fazem parte da União Económica e Monetária (UEM), que pode definir-se como uma fase avançada de integração económica com base num mercado único. A UEM implica uma estreita coordenação das políticas económicas e orçamentais e, no caso dos países que preenchem certas condições, uma política monetária única e uma moeda única – o euro.

O processo de integração económica e monetária tem acompanhado a evolução da União Europeia ao longo do tempo. Quando a União Europeia foi fundada, em 1957, então com a designação de Comunidade Económica Europeia (CEE) os Estados-Membros concentraram-se na criação do mercado comum. Contudo, com o tempo, tornou-se clara a necessidade de uma cooperação económica e monetária mais estreita para conseguir um maior desenvolvimento e florescimento do mercado interno. O objectivo da plena realização da União Económica e Monetária e da adopção de uma moeda única só foi consagrado, em 1992, no Tratado de Maastricht (Tratado da União Europeia), que estabelece as normas para a introdução da moeda única, determina os objectivos da União Económica Monetária e as responsabilidades de cada protagonista, bem como as condições que os Estados-Membros devem preencher para poderem adoptar o euro. Estas condições são conhecidas como "critérios de convergência" (ou «critérios de Maastricht») e incluem a estabilidade de preços, com um nível de inflação baixo, a estabilidade das taxas de câmbio e a solidez das finanças públicas.

Quem gere o euro?


Quando o euro se tornou realidade, a política monetária passou a ser da responsabilidade do Banco Central Europeu (BCE), entidade independente criada para esse efeito, e dos bancos centrais nacionais dos Estados-Membros que tinham adoptado o euro. Em conjunto, constituem o Eurossistema.

A política orçamental (impostos e despesas) continua a ser da competência dos governos nacionais, embora estes possam (e em cetos casos tenham que) aderir a normas comuns de finanças públicas contempladas no Pacto de Estabilidade e Crescimento. Os governos nacionais também conservam a plena responsabilidade das suas políticas estruturais (emprego, pensões e mercado de capitais), embora tenham concordado em coordená-las a fim de alcançarem objectivos comuns de estabilidade, crescimento e emprego.

Quem utiliza o euro?


O euro é actualmente a moeda de mais de 330 milhões de pessoas, que vivem em 18 países da zona euro. Também é utilizado, seja como moeda de curso legal, seja com fins práticos, numa série de países (sobretudo nos países mais próximos e nas antigas colónias dos Estados-Membros).

Por conseguinte, não é surpreendente que o euro se tenha convertido rapidamente na segunda moeda internacional mais importante, a seguir ao dólar, e tenha inclusivamente ultrapassado a moeda dos Estados Unidos em alguns aspectos (por exemplo, no que se refere ao valor efectivo em circulação).

Porque é necessário o euro?


Para além de facilitar as viagens, uma moeda única é um elemento muito positivo do ponto de vista económico e político. O quadro em que é gerido o euro faz desta moeda uma moeda estável, com um baixo nível da inflação e taxas de juro baixas, contribuindo para a solidez das finanças públicas. Uma moeda única é também um complemento lógico do mercado único, cuja eficácia aumenta. A utilização de uma moeda única aumenta a transparência dos preços, elimina os custos de câmbio da moeda, melhora o funcionamento da economia europeia, facilita o comércio internacional e confere à União Europeia uma voz mais forte nos fóruns internacionais. A dimensão e a força da zona euro protegem-na dos choques económicos externos, como a subida inesperada do preço do petróleo ou a perturbação dos mercados cambiais.

Por último mas não menos importante, há que mencionar o facto de o euro dar aos cidadãos da União Europeia um símbolo tangível da sua identidade europeia, da qual podem sentir-se cada vez mais orgulhosos à medida que a zona euro cresce e multiplica essas vantagens para os seus membros actuais e futuros.


                                                                                                                 (Infopédia - adaptado)

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O Euro




Euro

Adaptado da Wikipédia
Euro
Euro / Ευρώ
Dados
 EUR
UsadoZona Euro
 Alemanha
 Áustria
 Bélgica
 Chipre
 Eslováquia
 Eslovênia
 Espanha
 Estónia
 Finlândia
 França
 Grécia
 Irlanda
 Itália
Letónia Letónia
 Luxemburgo
 Malta
 Países Baixos
 Portugal
Fora da UE
 Andorra
Mónaco
 São Marino
Vaticano
Reino Unido Akrotiri e Dhekelia (Reino Unido)
França Ilha Clipperton (França)
França Saint Barthélemy (França)
Saint-Pierre e Miquelon Saint Pierre e Miquelon (França)
França Terras Austrais e Antárticas Francesas (França)

Outros
Kosovo
 Montenegro
 Zimbabwe
Inflação0.8-3.1% (dependendo do país em 2012)

Banco Central Europeu
fevereiro de 2013
Sub-Unidade
1/100

cêntimo ou centavo
Símbolo
PluralEuros
Moedas0,01€; 0,02€; 0,05€; 0,10€;
0,20€; 0,50€; 1,00€ e 2,00€
Notas5,00€; 10,00€; 20,00€; 50,00€;
100,00€; 200,00€; 500,00€
BancoBanco Central Europeu
ECB
FabricanteNão disponível
Euro () é a moeda oficial de 18 dos 28 países da União Europeia. O euro existe na forma de notas e moedas desde 1 de janeiro de 2002, e como moeda escritural desde 1 de janeiro de 1999. O código do euro, de acordo com a norma ISO 4217, é "EUR". 
 

Características do euro

Um euro divide-se em 100 cêntimos, existindo notas de 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500 Euro e moedas de 1, 2, 5, 10, 20 e 50 cêntimos e de 1 e 2 Euro.
Cada moeda em circulação tem uma face comum e uma face que depende do país para que foi cunhada.
As notas de euro são idênticas, mas é possível identificar facilmente a sua origem pela letra que antecede o número de série que 16 dos 18 membros do Euro usam4 (D - Estónia; E - Eslováquia; F - Malta; G - Chipre; H - Eslovénia; L - Finlândia; M - Portugal; N - Áustria; P - Países Baixos; S - Itália; T - Irlanda; U - França; V - Espanha; X - Alemanha; Y - Grécia; Z - Bélgica).

História do Euro

A ideia do estabelecimento da moeda única na CEE nasceu já na década de 70. Teve como principais defensores os Economistas Fred Arditti, Neil Dowling, Wim Duisenberg, Robert Mundell, Tommaso Padoa-Schioppa e Robert Tollison. No entanto, só pelo Tratado de Maastricht, de 1992 esta ideia passou da teoria para o Direito. Este tratado foi celebrado pelos doze países que à data faziam parte da Comunidade Económica Europeia. O Reino Unido e a Dinamarca optaram neste tratado por ficar de fora da moeda única. Na teoria os países que aderissem posteriormente à União teriam quem aderir à moeda única. A Suécia aderiu à União em 1995 mas negociou entrar numa fase posterior. Os critérios para adesão à nova moeda única foram estabelecidos pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento de 1997.
O primeiro nome para o sistema de conversão entre as moedas que se uniriam foi o ECU (European Currency Unit em Inglês). O nome de Euro é atribuído ao Belga German Pirloit que assim o sugeriu a Jacques Santer em 1995. O valor da nova moeda foi ancorado ao do ECU por resolução do Conselho da União Europeia de 31 de dezembro de 1998. Esta entrou em vigor a 1 de janeiro de 1999 em forma não material (transferências, cheques, etc.) e a 1 de janeiro de 2002 em notas e moedas.


Moeda de Reserva

A Zona Euro

A Zona Euro é composta pelos seguintes países da União Europeia, que adotaram a moeda comum: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letónia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal, prevendo-se que com a expansão da União Europeia alguns dos aderentes mais recentes possam nos próximos anos partilhar também o euro como moeda oficial.
O governo dinamarquês anunciou no seu programa de 22 de novembro de 2007 a sua intenção de organizar um referendo sobre a entrada do país na Zona Euro.
Alguns países pequenos que não praticam políticas de moeda própria usam também o euro: Andorra, Mónaco, São Marino e Vaticano. Montenegro também utiliza o euro como sua moeda oficial. Também no Kosovo, o euro passou a circular mesmo antes da sua declaração de independência.
Outros países tinham a sua moeda fixada a uma antiga moeda europeia. Este era o caso do escudo cabo-verdiano, que estava ligado ao escudo português, e do franco CFA, que era indexado ao franco francês, em circulação em diversos países africanos, e o Franco CFP, dos territórios franceses no Pacífico.
O banco que controla as emissões do euro e executa a política cambial da União Europeia é o Banco Central Europeu, com sede em Frankfurt am Main, na Alemanha.
 
Acumulação internacional de moedas de reserva
Moeda19951996199719981999200020012002200320042005200620072008
Dólar59,0%62,1%65,2%69,3%70,9%70,5%70,7%66,5%65,8%65,9%66,4%64,7%64,1 %64,0 %
Euro----17,9%18,8%19,8%24,2%25,3%24,9%24,3%25,8%26,3 %26,5 %
Marco Alemão15,8%14,7%14,5%13,8%----------
Libra Esterlina2,1%2,7%2,6%2,7%2,9%2,8%2,7%2,9%2,6%3,3%3,6%4,4%4,7 %4,1 %
Iene6,8%6,7%5,8%6,2%6,4%6,3%5,2%4,5%4,1%3,9%3,7%3,2%2,9 %3,3 %
Franco Francês2,4%1,8%1,4%1,6%----------
Franco Suíço0,3%0,2%0,4%0,3%0,2%0,3%0,3%0,4%0,2%0,2%0,1%0,2%0,2 %0,1 %
Outras13,6%11,7%10,2%6,1%1,6%1,4%1,2%1,4%1,9%1,8%1,9%1,7%1,8 %2,0 %

Convenções de escrita


  Países da Zona Euro
  Países da ERM II
  Outros países da UE
  Estados que usam o euro em função de tratados com a UE
  Estados/territórios fora da UE que adotaram unilateralmente o euro

Com a implementação da nova moeda no quotidiano, decidiu-se que as regras para a formação do plural da palavra (p.ex. euro, euros, euri, eurok), o género, o uso da vírgula ou ponto para separação das casas decimais, e da posição do símbolo da unidade monetária manter-se-iam segundo as convenções nacionais de cada país.
Convenções para Portugal e para a língua portuguesa (e para a generalidade das línguas que não o inglês):
  • Mantém-se a convenção tipográfica prévia da posição do símbolo monetário: tal como o escudo português, o símbolo do euro coloca-se à direita do número. Exemplo: "1 234,56 €" (e não "€ 1 234,56");
  • Deve ser colocado um espaço entre o símbolo "€" e os algarismos. Exemplo: "1 234,56 €" (e não "1 234,56€");
  • Deve existir um espaço entre o símbolo "EUR" e os algarismos, e este símbolo deve ser indicado sempre em maiúsculas. Exemplo: "1 234,56 EUR" (e não "1 234,56EUR" ou "1 234,56 Eur");
  • Deve existir um espaço entre a designação "euro" (ou "euros") e os algarismos, e esta designação deve ser indicada sempre em minúsculas. Exemplo: "1 234,56 euro" ou "1 234,56 euros" (e não "1 234,56euro" ou "1 234,56 Euro");
  • Segundo o sistema métrico, é a vírgula o símbolo que separa os números inteiros das casas decimais. Devem figurar sempre duas casas decimais. Os números superiores à unidade apresentam-se em séries de três, sendo cada série separada por um espaço (e não por um ponto), sendo este espaço designado por separador de milhares. Exemplo: "1 234,56 €" (e não "1.234,56 €" ou "1234.56 €"), "1 234,50 €" (e não "1 234,5 €");
  • Quando o valor é indicado por extenso, deverão figurar as designações oficiais "euro" ou "cent", ou as variantes usuais "euros", "cêntimo" ou "cêntimos" (existem outras variantes nas restantes línguas). Exemplo: "12,00 €" por extenso indica-se "doze euros" ou "doze euros e zero cêntimos", "12,30 €" por extenso indica-se "doze euros e trinta cent." (e não "doze euros virgula trinta");
  • Valores iguais ou superiores a 1 000 000 000 são lidos e escritos por extenso segundo o sistema métrico, através da escala longa (predominante na Europa). Exemplo: "1 000 000,00€" lê-se "um milhão de euros", "1 000 000 000,00€" lê-se "mil milhões de euros" [escala longa] (e não "um bilião de euros" [escala curta]), "1 000 000 000 000,00 €" lê-se "um bilião de euros" [escala longa] (e não um "trilião de euros" [escala curta]), "12 003 004 005,00 €" lê-se "doze mil e três milhões, quatro mil e cinco euros";
  • Por vezes é utilizado o prefixo SI "M" (os restantes prefixos, apesar de válidos não têm utilização usual). O prefixo "M" corresponde a um fator multiplicador de 1 000 000 (um milhão). O mesmo deverá ser utilizado sempre em maiúsculas para evitar ambiguidade com o prefixo "m" que corresponde um fator multiplicador de 0,001 (um milésimo). É habitual suprimir a parte decimal aquando da utilização de prefixos. Exemplo: "1 234 M€" (e não "€ 1234M" ou "M€ 1234") corresponde a "1 234 000 000,00 €"


Tabela de Conversão

PaísAntiga
moeda nacional
AbreviaturaTaxa de CâmbioData de fixaçãoEntrada na União
Económica e Monetária
 Alemanhamarco alemãoDEM1,9558331 de dezembro de 19981999
 Áustriaxelim austríacoATS13,760331 de dezembro de 19981999
 Bélgicafranco belgaBEF40,339931 de dezembro de 19981999
 Espanhapeseta espanholaESP166,38631 de dezembro de 19981999
 Finlândiamarco finlandêsFIM5,9457331 de dezembro de 19981999
 Françafranco francêsFRF6,5595731 de dezembro de 19981999
 Irlandalibra irlandesaIEP0,78756431 de dezembro de 19981999
 Itálialira italianaITL1936,2731 de dezembro de 19981999
Letónia Letónialats letãoLVL0,7028041 de janeiro de 20052005
 Luxemburgofranco luxemburguêsLUF40,339931 de dezembro de 19981999
 Países Baixosflorim neerlandêsNLG2,2037131 de dezembro de 19981999
 Portugalescudo portuguêsPTE200,48231 de dezembro de 19981999
 Gréciadracma gregoGRD340,7501219 de junho de 20002001
 Eslovêniatólar eslovenoSIT239,6401311 de julho de 20062007
 Chiprelibra cipriotaCYP0,5852741411 de julho de 20072008
 Maltalira maltesaMTL0,4293001511 de julho de 20072008
 Eslováquiacoroa eslovacaSKK30,1260161 de janeiro de 20092009
 Estóniacoroa estonianaEEK15,646631 de dezembro de 1998201117

Possibilidade de extinção da moeda

Em finais de 2011, foi admitida em vários parlamentos europeus, mais notavelmente no Parlamento da França e no próprio Parlamento Europeu, a possibilidade de extinção do euro como moeda. Foi referido por François Fillon , primeiro-ministro francês, que o fim da moeda única seria catastrófico para o continente europeu, ao desvalorizar em 25% as economias mais fortes e em 50% as mais frágeis. Várias empresas, como a Autoeuropa, que tem um peso importante na economia portuguesa, avaliam já o cenário próximo de fim do Euro. Embora seja garantido por vários governantes um contínuo esforço de manutenção da moeda, as pressões de rating por parte dos mercados financeiros, têm credibilizado a possibilidade de tal acontecer.

Futuras entradas na União Económica e Monetária

Para adoptar o euro os Estados-membros terão de verificar os critérios de convergência, que impõem limites ao valor percentual do défice público e da taxa de inflação, entre outras condições.
A Polónia tem prevista a adoção em 2014.


Moedas que poderão ser substituídas pelo euro 



 
MoedaAbrev.TaxaData subst.
provável
Lituânia Litas lituanaLTL3.452801/Jan/2015
Bulgária Lev búlgaroBGN1.95583
Polónia Złoty polacoPLN
República Checa Coroa checaCZK
Hungria Forint húngaroHUF
Roménia Leu romenoRON
Suécia Coroa suecaSEK

Notas e referências